by Max Barry

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Region: Portugal

Cinoquia wrote:Lusitanialand, claramente não consegui explicar-me convenientemente.
Sou patriota e a favor de Portugal. Não quero secessões nem acho que façam sentido no caso Português. Contudo, caso houvesse um grupo grande de pessoas que claramente não se identificam com a cultura de outras regiões e um governo central impõe-nas, acho que têm o direito de se separar. Não me faz sentido que alguém, por ser em maior número, obrigue os outros a viver como os primeiros querem que os segundos vivam.
Tu achas que se deve retirar rendimentos às regiões mais desenvolvidas para desenvolver as menos desenvolvidas. Eu sou a favor que se dê hipóteses de desenvolvimento às menos desenvolvidas.
"Mas como à desertificação, há menos oportunidades de desenvolvimento." Pelo contrário! O facto de haver menos pessoas, significa mais espaço livre e por isso um custo bem menor para a implementação de um negócio. Esses negócios terão é objectivos bem diferentes dos do litoral. Tens o caso de Évora que está a desenvolver-se a partir da Universidade, atraindo empresas tecnológicas e de produção para a área.
Quanto à liberdade de escolha, é escolha tanto económica como de cultura. Tu consideras que alguém que nasça Português é Português e ponto final. Mesmo que ele odeie a Língua Portuguesa, não veja interesse na nossa História e viva fascinado com a cultura Chinesa e tudo o que é relacionado com a Ásia. Se essa pessoa não tem qualquer interesse em Portugal, é Portuguesa? Só porque nasceu neste bocado de território do Mundo? Porque os seus pais eram Portugueses?^
Considero que é meu dever, mas só porque entendo que é importante, utilizar a cultura Portuguesa no dia a dia (não utilizando o abordo ortográfico, por exemplo!!!!!!!!!) como dar prioridade ao que é Português. Mas isso é uma escolha minha, e por isso é que sou patriota e acho benéfico que o sejamos. Mas se alguém não quiser, deveria fazer o quê? Prendê-lo? Bater-lhe? Matá-lo?
Se achas que não é preciso persuadir ninguém a aprender e viver a cultura Portuguesa, então deves achar que a maior parte dos Portugueses devem passar os dias a ouvir música Portuguesa, feita em Portugal, cantada por Portugueses, comprar apenas fruta típica Portuguesa, feita em Portugal, em solo Português e "produzida" por Portugueses, o mesmo com a comida, e restantes compras que fazem. Dando prioridade a essas coisas em relação a outras, quase independentemente do preço. Não é essa a realidade que encontro e que conheço, mas acho que é importante que assim fosse.
Para mim o governo tem é de proteger as pessoas e a sua propriedade, administrar a justiça, dar algum sustento aos que não se sustêm e intervir onde os privados não intervêm. Para isto, não tem de ser um governo centralizado e Português a fazer. E tenho a certeza que o interior se iria desenvolver mais do que agora e a mitigar a fuga de pessoas para o litoral. Contudo, se não querem viver no interior, porque é que hão-de ser obrigados a viver lá? Contudo há mais valias em viver no interior. São é diferentes das mais valias do litoral e portanto mais apelativas para pessoas diferentes.
Mais uma vez o super-herói da liberdade de escolha maximiza a felicidade de todos! Obrigado Liberalismo! xD

Concordo contigo com ligeiras alterações: havendo um grupo grande de pessoas, estando concentradas numa região onde são a maioria e tendo uma identidade nacional, e que claramente não se identificam com a cultura de outras regiões existindo um governo central a impô-las, acho que têm o direito de se separar.
O espaço livre não é propriamente uma vantagem, digo que têm menos possibilidades de desenvolvimento local porque a procura é menor e a sociedade não é tão dinâmica portanto não há tantas condições para desenvolver negócios e os objetivos são outros mas muito menos.
Em relação à cultura portuguesa ainda pareces achar que sou um nacionalista extremista! Vens outra vez com essa de prender, bater e matar. Se um tipo não gostar do que é português e quiser ser chinês tudo bem. Acho complicado rejeitar tudo o que é vestígio da sua cultura mas ninguém é obrigado a nada a não ser pagar impostos… Não acho que os portugueses só tenham que consumir tudo o que é português, isso é um bocado provinciano, é bom comprar o que se faz de melhor lá fora e que as empresas nacionais aprendam com isso.
Por fim, não concordo contigo em relação às funções do Estado. O Estado de Portugal tem de ser Português e não basta proteger a propriedade, administrar a justiça e proporcionar uma safety net. O governo deve contribuir para o crescimento económico (não estou a pensar em despejar investimento público na economia), para a diminuição das desigualdades sociais, para uma maior coesão territorial, garantir o acesso de todos à saúde e educação (não de forma necessariamente gratuita), promover tudo o que é português, garantir a independência do Estado face aos grupos de interesses e também promover a participação cívica ativa.
A liberdade de escolha não resolve tudo e não maximiza a felicidade de todos. Da maneira que falas parece que o Liberalismo é uma religião. Andas a ler demasiado Friedman e Hayek.

Cinoquia and Portugal do sul

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