Concordo contigo com ligeiras alterações: havendo um grupo grande de pessoas, estando concentradas numa região onde são a maioria e tendo uma identidade nacional, e que claramente não se identificam com a cultura de outras regiões existindo um governo central a impô-las, acho que têm o direito de se separar. O espaço livre não é propriamente uma vantagem, digo que têm menos possibilidades de desenvolvimento local porque a procura é menor e a sociedade não é tão dinâmica portanto não há tantas condições para desenvolver negócios e os objetivos são outros mas muito menos. Em relação à cultura portuguesa ainda pareces achar que sou um nacionalista extremista! Vens outra vez com essa de prender, bater e matar. Se um tipo não gostar do que é português e quiser ser chinês tudo bem. Acho complicado rejeitar tudo o que é vestígio da sua cultura mas ninguém é obrigado a nada a não ser pagar impostos… Não acho que os portugueses só tenham que consumir tudo o que é português, isso é um bocado provinciano, é bom comprar o que se faz de melhor lá fora e que as empresas nacionais aprendam com isso. Por fim, não concordo contigo em relação às funções do Estado. O Estado de Portugal tem de ser Português e não basta proteger a propriedade, administrar a justiça e proporcionar uma safety net. O governo deve contribuir para o crescimento económico (não estou a pensar em despejar investimento público na economia), para a diminuição das desigualdades sociais, para uma maior coesão territorial, garantir o acesso de todos à saúde e educação (não de forma necessariamente gratuita), promover tudo o que é português, garantir a independência do Estado face aos grupos de interesses e também promover a participação cívica ativa. A liberdade de escolha não resolve tudo e não maximiza a felicidade de todos. Da maneira que falas parece que o Liberalismo é uma religião. Andas a ler demasiado Friedman e Hayek.